Resenha feita por Paula Sanches
Neste seu primeiro livro, Ocelo narra a história de sua banda, Carratos,
desde o difícil início (falta de instrumentos, dinheiro etc.) até
apresentações em barzinhos, shows, programas de televisão e gravações,
que também não foram nada fáceis. Para quem tem/teve uma banda ou
acompanha músicos sabe como é difícil a trajetória:
não só o começo, mas a jornada inteira. Formar a banda, encontrar
pessoas que curtam o mesmo estilo, arranjar os instrumentos, lidar com
as personalidades diferentes de cada integrante etc.
O livro de
Ocelo não trata apenas da trajetória de sua banda, mas de seu sonho,
suas decepções, sua garra e coragem. É uma narrativa muito gostosa e
verdadeira, é um livro que é cheio de questionamentos, momentos de
reflexão e descobertas.
Quantas pessoas conhecemos que deixam de trilhar o caminho de seus sonhos para avançar por uma trilha que leva ao sucesso? Que trará um status? Ou quantos jovens são levados a desistirem de seus sonhos e objetivos pelos próprios pais, pois a ganância reina entre eles?
Ocelo seguiu seu sonho, que era o de expressar o seu pensamento através de palavras. Primeiro com a música, depois com a literatura. Mas nos perguntamos: começar um sonho, realizá-lo e então partir para outro? Como o autor deixa bem claro, o importante não é o ponto de chegada, mas o caminho, é nele que você encontrará sua verdadeira vocação. Pois como iremos descobrir o que realmente queremos se não tentarmos, errarmos (ou mudarmos de ideia) e partir para outra?
Confesso que me identifiquei bastante com o livro. Com um irmão baixista já fui a diversos ensaios, cheguei cedo a shows para dar uma força para a banda e tive que "aguentar" por dias várias pessoas em casa: o quarto do meu irmão virou um estúdio, com bateria e tudo, para a gravação de algumas músicas de sua banda. Lembro desses tempos com muito carinho, era extremamente divertido! E se existiam brigas? Sim. Pois cada um quer uma coisa diferente e em uma banda é preciso um objetivo igual.
Também me identifiquei com o livro pois acredito que o mais importante é seguir o seu sonho, fazer aquilo que você gosta, mesmo que você demore para descobrir do que gosta.
Ocelo demonstra muita sensibilidade e isso está bem explícito na sua forma de escrever. Carratos é um livro leve e tranquilo de se ler, é bem fininho e trás várias fotos de diversos momentos da banda e de Ocelo, além de ilustrações.
E não podia faltar uma explicação para o nome da banda: Ocelo também é desenhista e quando ganhou uma figurinha brilhosa de um rato sobre uma caveira, resolveu reproduzi-la, fazendo algumas modificações e o resultado é a ilustração que você vê na capa do livro. Ocelo também tinha o costume de nomear os seus desenhos e no dia de nomeá-lo ficou repetindo as palavras caveira e rato, rato e caveira, caveirato, ratocaveira, carato. Nomeou o desenho de Carratos, com um 'r' a mais, para dar ênfase a palavra. O desenho também tem um sentido: associando o rato a vida e a caveira a morte, Ocelo encontrou uma explicação, a vida superando a morte.
Quantas pessoas conhecemos que deixam de trilhar o caminho de seus sonhos para avançar por uma trilha que leva ao sucesso? Que trará um status? Ou quantos jovens são levados a desistirem de seus sonhos e objetivos pelos próprios pais, pois a ganância reina entre eles?
Ocelo seguiu seu sonho, que era o de expressar o seu pensamento através de palavras. Primeiro com a música, depois com a literatura. Mas nos perguntamos: começar um sonho, realizá-lo e então partir para outro? Como o autor deixa bem claro, o importante não é o ponto de chegada, mas o caminho, é nele que você encontrará sua verdadeira vocação. Pois como iremos descobrir o que realmente queremos se não tentarmos, errarmos (ou mudarmos de ideia) e partir para outra?
Confesso que me identifiquei bastante com o livro. Com um irmão baixista já fui a diversos ensaios, cheguei cedo a shows para dar uma força para a banda e tive que "aguentar" por dias várias pessoas em casa: o quarto do meu irmão virou um estúdio, com bateria e tudo, para a gravação de algumas músicas de sua banda. Lembro desses tempos com muito carinho, era extremamente divertido! E se existiam brigas? Sim. Pois cada um quer uma coisa diferente e em uma banda é preciso um objetivo igual.
Também me identifiquei com o livro pois acredito que o mais importante é seguir o seu sonho, fazer aquilo que você gosta, mesmo que você demore para descobrir do que gosta.
Ocelo demonstra muita sensibilidade e isso está bem explícito na sua forma de escrever. Carratos é um livro leve e tranquilo de se ler, é bem fininho e trás várias fotos de diversos momentos da banda e de Ocelo, além de ilustrações.
E não podia faltar uma explicação para o nome da banda: Ocelo também é desenhista e quando ganhou uma figurinha brilhosa de um rato sobre uma caveira, resolveu reproduzi-la, fazendo algumas modificações e o resultado é a ilustração que você vê na capa do livro. Ocelo também tinha o costume de nomear os seus desenhos e no dia de nomeá-lo ficou repetindo as palavras caveira e rato, rato e caveira, caveirato, ratocaveira, carato. Nomeou o desenho de Carratos, com um 'r' a mais, para dar ênfase a palavra. O desenho também tem um sentido: associando o rato a vida e a caveira a morte, Ocelo encontrou uma explicação, a vida superando a morte.
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