domingo, 22 de janeiro de 2017

Uma história intensa por Nath Lambert

Resenhado por

Em seu primeiro livro, Ocelo Moreira conta sua saga na banda Carratos. Quando o livro chegou em casa, meu irmão viu o nome do livro e comentou "Tem algo a ver com carrapatos?".

Ri e coloquei o livro na minha pilha de leitura. Como ontem eu não tinha que ir trabalhar nem nada, decidir ler um livro. Não queria pegar um que já estava lendo, então verifiquei minha pilha de livros para ler. Como Carratos era o menor livro, decidi pegá-lo para ler.
Acomodei-me na minha cama e iniciei a leitura. Li o livro em uma horinha. Primeiro por que o livro é pequeno, e segundo por que o livro prende a atenção de uma forma monstruosa. Sabe aquele livro que você fica lendo incessantemente até saber o final? Esse é completamente diferente. Você já sabe que, no final, a banda acaba. Então, qual a graça de se ler um livro?

Ocelo Moreira estudou Biologia, trabalhou como professor, músico e também como desenhista e pintor - ele desenhava revistinhas em quadrinhos que vendia aos primos. Mas muita gente se esquece de adicionar um oficio no qual Ocelo também brilha: filósofo.
Tanto nas letras de suas músicas como também em passagens do livro. Escolhi duas das quais mais gostei:

"A vitória nem sempre é alcançada no final da batalha [...] às vezes, para se chegar à glória não é necessária uma vitória, basta ter coragem, determinação e força de vontade, e tudo isso é extraordinário diante do triunfo. O grande prazer da batalha não está em seu final, mas no esplendor em poder batalhar pelo que se acredita."
Página 64

"[...]Um grande homem vive com bastante intensidade a cada dia, como se não existisse o amanhã. E faz sua história sem se preocupar com glórias ou reputação, porque, no fundo, sabe que o sucesso é efêmero e a história é perene.Por isso, vive plenamente, pois sabe que a vida também é transitória."
Página 126

O livro tem início com a explicação do nome da banda (que eu tive a preocupação de explicar ao meu irmão, depois). Na capa do livro há uma caveira e um rato. O autor, que na época desenhava com frequência, dava nomes aos seus desenhos. Mas esse desenho não era um qualquer, e ele queria dar um nome com um significado maior ao desenho. Foi misturando as palavras Caveira e Rato e no final, ficou Carratos. Eu também tenho essa mania de colocar nomes nos meus desenhos. Coisa de desenhista.

Ocelo sempre gostou de música. Ouvia Raul Seixas e, além de adorar a voz do homem e de suas melodias, ele curtia muito as letras do músico. Curioso, decidiu ver quem o ajudava a escrever e descobriu que  escritor Paulo Coelho escrevera as mais brilhantes músicas juntamente com Raul. Assim, Ocelo procurou ler os livros de Paulo e acabou gostando muito das ideias dele. E eu devo ressaltar que adoro Paulo Coelho, também.

O fato é que Ocelo guardava muitos sentimentos e emoções dentro do peito, e tudo o que ele mais queria na época era poder estravazar tudo o que pensava. Como os desenhos não passavam suas angústias, ele decidiu compor músicas. Mas de que adianta a letra sem nem ao menos haver melodia?

Assim nasceu a banda Carratos. Ocelo, através do conjunto musical, deu voz às suas composições, tornando-se um sucesso na região, com grande divulgação por parte da rádio local, tendo direito a um CD gravado em estúdio e uma aparição na televisão.
Ocelo foi um vencedor com a banda Carratos, mesmo que, no fim das contas, a banda tenha acabado.

Carratos - uma história de rock, foi um livro que eu simplesmente amei. Simplesmente curti e simplesmente indico nesse blog!!

Muito sucesso a você, Ocelo, muitos livros e alegrias em sua vida!
Beijos.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário